
A pensão de tia Zulmira Osias Baptista Neto Era verão. Calor bravo, muito sol. Betinho chegou na rodoviária, mochila nas costas, fones de ouvido com bluetooth, e desceu as escadas para a plataforma de embarque. Até que enfim, férias! Não podia esperar a hora de ver o mar, comer aquele camarãozinho e tomar aquela cerveja gelada. Paulinho, seu melhor amigo, havia lhe recomendado: "Que Cabo Frio que nada, cara! Você tem que ir é pra Barra do Curupiri, o melhor lugar do mundo! Ficar na pensão da tia Zulmira, velhinha incrível, o maior barato! Chega de programa de mineiro, sô! Vou passar um telegrama pra ela, avisando que você vai pra lá." A viagem até Salvador foi cansativa, mas sem novidades. Estrada longa, partes ruins, partes boas, muito trânsito, mas todo mundo de pé embaixo. Deu para dormir meio torto, felizmente a poltrona do lado estava vazia. Em Salvador comprou passagem para Esplanada, onde pegaria outro ônibus. É, o lugar devia ser danado de bom pa...